Em declarações exclusivas ao A Televisão, Nélson Rosado comentou esta situação. “Vou ser muito sincero numa coisa. Houve alturas em que eu fui dos primeiros a levantar aqui a voz publicamente e em direto sobre a questão das músicas em português, pedi mais músicas em português e a produção fez-nos a vontade. Tivemos mais músicas a partir da terceira gala, tínhamos três, quatro músicas em português. Espetacular! Foi um passo à frente. Bom, isso foi muito bom.”, começa por dizer o mais velho dos Anjos, ressalvando, contudo, um ponto importantíssimo: “Mas houve concorrentes de peso que cantaram em português e foram expulsas. Recordo a última grande, estrondosa e monumental surpresa Deborah Gonçalves, que cantou em português um tema que tinha sido um sucesso e ela acabou por sair. Portanto, onde é que está o público que queria valorizar o português? Portanto, para eles, buh, zero”, critica Nélson.
O mentor de A Voz de Portugal recordou ainda os primeiros anos dos Anjos: “Em relação à final, eu e o Sérgio há muitos anos atrás, quando vencemos um concurso desta casa, de talentos, a Casa de Artistas, cantámos sempre, sempre em inglês. Foi na primeira eliminatória, foi nas semi-finais, foi na final, tudo! Cantámos sempre em inglês. Hoje, a nossa carreira é feita com temas em português. Eu, neste momento, acho que nem vou apontar para aí. Acho que já nem é por aí que o gato vai às filhoses, parafraseando a minha mãe, num velho ditado português.”
Para o pós-A Voz de Portugal e em particular para o vencedor, Nélson deixa um desejo: “que ganhe o melhor, e que faça carreira, o que não é fácil. Uma coisa é nós estarmos aqui a cantar temas que toda a gente conhece, outra coisa é criarmos, seja em português, seja em inglês, músicas que o grande público desconhece”, finalizou.
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