02/10/2013

Jornal Hardmusica - Anjos fazem um balanço de 15 anos de carreira

Os Anjos celebram 15 anos de vida, e para celebrar esse acontecimento irão realizar um concerto único e especial no Campo Pequeno no dia 05 de Outubro.
O Jornal Hardmusica falou com Nelson Rosado sobre este concerto e sobre a carreira da dupla.

Jornal Hardmusica: O que pode o publico esperar do concerto de dia 05 de Outubro?
Nelson Rosado: Olha é um concerto único, é um concerto que visa celebrar os 15 anos de carreira.
Já passaram 15 anos, parece que foi ontem, é uma coisa estranha pois eu não sinto que tenham passado 15 anos deste projecto mas já lá vão 15 anos; e faz mesmo em Outubro que assinámos o primeiro grande contrato com a NZ produções na altura e foi ai que ficou registado o nome da banda e se começou a produzir o álbum “Ficarei”.

É um espectáculo que sendo único tem uma produção distinta, algo arrojada para aquilo que é normal em nós... um concerto cheio de músicas que conhecem e vou ficar a espera de um concerto muito dinâmico com os temas que o pessoal todo conhece. 
Há uma grande surpresa, uma musica que terá um arranjo novo, que servirá de preparação para o novo single e deixar no ar aquilo que será o próximo álbum de originais a lançar no próximo ano. É o fim da nossa tournée de verão…

Jornal Hardmusica: Pela mesma editora?
Nelson Rosado: Em principio sim, mas eu nunca tenho certezas de nada. Mas se também não for ninguém morre. A Farol e a TVI são nossos parceiros nesta loucura do Campo Pequeno.
O alinhamento é extremamente dinâmico e dentro do que disse, as pessoas vão ouvir temas que conhecem.

Jornal Hardmusica: Campo Pequeno com duas horas no mínimo?
Nelson Rosado: Não sei. Vamos ter um convidado especial, surpresa e ninguém está a espera. 
Não tem nada a ver com a Farol, é um miúdo muito alternativo e não tem nada a ver com os nossos estilos de musica mas é um grande amigo nosso e filho de um grande senhor da musica portuguesa. 
Vai participar na re-mistura do single que gravámos há três anos atrás e que agora vai ter uma nova roupagem. Vai ser uma musica diferente e mostrar aquilo que queremos fazer daqui para o futuro.
Jornal Hardmusica: O que te traz saudades do tempo da boys band de hà 17 anos atrás?
Nelson Rosado: Nós tínhamos acabado de sair de um programa de televisão e conhecíamos pouco do meio musical profissional.
Vínhamos do amador e os Sétimo Céu abriram essa porta, o profissionalismo. Os Sétimo Ceu foi um projecto importante na nossa carreira que teve a sua altura e o momento certo. 
Temos falado mais com o Telmo, o Pedro já há dois anos que não o encontro mas quando nos encontramos é uma festa. 
Foi uma experiencia de boys band, tínhamos um estilo alternativo, havia os Excesso com um sucesso brutal, muito acima dos Setimo Ceu, uma maquina de marketing superior à nossa, muito a frente, deram-nos um pouco o espaço para aquilo que os Excesso não tinham, é engraçado porque havia espaço para as duas bandas.

Jornal Hardmusica: Como foi trabalhar com o Nuno e com o Zahir?
Nelson Rosado: Foi marcante. Foi um prato onde comi e não cuspo, passe a expressão, mas eu acho que saímos na altura certa, tivemos lá um ano e meio. Sabiamos o que queríamos para a nossa carreira, as ideias não convergiam no mesmo sentido e antes que houvesse rupturas, vimos qual era a maneira legal e correcta de sair e foi isso que aconteceu.
Não tenho mais nada a crescentar à NZ, pois eram muito à frente e tenho pena que tenham saído de mercado. Mas é uma parte da nossa carreira que eu gostaria de salientar que foi importante, eles tiveram um papel importantíssimo naquilo que são hoje os Anjos.
Jornal Hardmusica: Nestes quinze anos quantos discos?
Nelson Rosado: Muitos. Nos primeiros anos gravávamos dois por ano, era uma violência mas temos seguramente doze de originais, cerca de dois ao vivo, cerca de três ou quatro dvd´s.
Fomos a primeira banda portuguesa a gravar um dvd ao vivo e com a estrutura que foi gravada na altura, a primeira banda portuguesa a ter um dvd de platina. 
Artistas portugueses que vão ao Brasil e fazem sucesso em nichos de mercado são maioritariamente da World Music, ligados ao fado e os instrumentistas, mas a NZ hoje deve fazer um mea culpa, mas não saberiam o que tinha acontecido quando fomos ao Planeta da Xuxa no Project na Colombia, eu hoje sei o que tinha acontecido, em 1999, mas estávamos a estoirar aqui com o Perdoa.
So que no Brasil teríamos que ficar alguns meses e eles tiveram algum receio, talvez excessivo, abdicar disto que era garantido e estar a investir lá, mas eles devem estar a torcer a orelha, eu iria torcer a orelha se tivesse no lugar deles, nunca pensei que fosse possível chegarmos ao Aeroporto e termos imensas pessoas a nossa espera. 
Houve tanta coisa boa que aconteceu, não houve coisa más e as coisas menos boas que aconteceram não tem importância. Estamos aqui em pulgas para saber como vai aderir o publico ao Campo Pequeno. 
Os ensaios ainda não começaram, não vamos estar a alterar muito do que temos estado a fazer, já com os nossos músicos, à excepção do convidado, não é um concerto de Anjos e amigos, é apenas os 15 anos dos Anjos.

Jornal Hardmusica: Porquê 05 de Outubro?
Nelson Rosado: Foi uma junção de peças feliz, não foi no dia 05 de Outubro que assinámos contrato com a NZ, mas o facto de bater no sábado, no mesmo mês, representa muito. Como temos sido mensageiros de uma mensagem positiva, vamos associar-nos a este dia de uma forma positiva. 

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